domingo, 9 de setembro de 2012

O que rolou no VMA 2012



Demorou, mas aqui estamos com a nossa review sobre o Video Music Awards 2012. Pra começo de conversa, esse foi o VMA mais esquecível de todos os tempos. Não tivemos nenhuma surpresa, nenhuma polêmica e, o que deveria ser praticamente uma obrigação de uma premiação desse porte, não tivemos nenhuma apresentação incrível.

O evento começou com uma apresentação um pouco morna, com Rihanna cantando seu próximo single, Cockiness, ao lado do rapper ASAP Rocky. Depois emendou um mashup com o hit We Found Love, com a ajuda do DJ da festa, Calvin Harris. Ok, até aí tudo bem, Rihanna é ótima e a gente ama ela fazendo qualquer coisa.


Em seguida, Katy Perry, que deixou as perucas coloridas de lado e apareceu com um mega hair cheio de salários mínimos, apresentou o prêmio Melhor Vídeo Pop. Enquanto a boy band britânica One Direction faturava o prêmio e Kátia se deleitava com selinhos totalmente heterossexuais em Harry Styles e Niall Horan, a nossa transmissão foi cortada para um discurso completamente sem noção da nossa querida feat. amada Presidenta Dilma Roussef. Apenas deixo aqui o meu silêncio, mas eu seria capaz de escrever um texto de 82 páginas xingando este momento.


A festa seguiu com aquela mesma lenga-lenga de sempre: apresentador engraçadinho com uma entrada supostamente triunfal, celebridades fazendo carão na plateia, entrega de prêmios super manjada e apresentada por gente que a gente não conhece direito. Calvin Harris ficou encarregado de tocar seus hits nos intervalos (que foram muitos e longos), tentando fazer alguma coisa de bom por aquele evento que estava com cara de flop.

P!nk cantou pela primeira vez seu novo single, Blow Me (One Last Kiss), música esta que não tem o selo de qualidade “P!nk”, mas que dá pra dar uma enganada. A performance, que começou com o instrumental do hino Get This Party Started, contou com dançarinas fazendo cosplay de beijinho e luzes piscando. Frank Ocean (who?) também se apresentou com Thinkin Bout You, fazendo a gente tirar aquela soneca gostosa. Lil Wayne e 2 Chainz também se apresentaram, dessa vez dando tempo pra acompanharmos a pipoca girar dentro do microondas durante 3 minutos. Alicia Keys e Nicki Minaj cantaram Girl On Fire e permitiram que a gente fosse à padaria comprar Coca-Cola. Os meninos do One Direction arrasaram nos vocais cantando One Thing, mas foi só mais uma apresentação simples. Green Day se apresentou com a inédita Let Yourself Go, que foi uma performance animadinha e tirou o conjunto de performances do fracasso total.


Entre apresentações genéricas e cochilos rápidos, acompanhamos a entrega dos prêmios, que não teve nenhuma surpresa, já que quem escolhe os ganhadores somos nós, donos de uma opinião que invade o nosso subconsciente e faz a gente votar em Starships, da Nicki Minaj, pra Best Female Video.

Tivemos também a exibição do chatíssimo e previsível trailer da última parte da ~Saga Crepúsculo~. Robert Pattinson foi na cara e na coragem apresentar o tal trailer, sem a presença da expressiva ex-namorada Kristen Stewart, que venceu na categoria Traição do Ano.

Por fim, tivemos a Kesha que, pra surpresa da humanidade, tomou banho antes de ir pra festa, teve a amizade de Katy Perry e Rihanna na primeira fila, teve a Nicki Minaj que usou gema de ovo pra fazer o penteado e teve a Miley Cyrus que resolveu adotar o antigo visual da Xuxa. Mas a gente não pode deixar de falar do que não teve: não teve Lady Gaga, não teve Beyoncé, não teve Britney Spears, não teve Adele, não teve Selena Gomez. Enfim, não teve o essencial para que um VMA interessante acontecesse.


Sem contar que a transmissão brasileira pecou em diversos aspectos, como o já comentado discurso da nossa presidenta, assim como os escassos comentários inteligentes de Didi e Jana, VJs da MTV Brasil. A gente percebeu claramente que os dois estavam ali sem nenhum conhecimento de VMA e, o pior, sem conhecer os artistas e o que eles representam na história do evento. Eu, que sou uma humilde pesquisadora de internet, sabia mais que eles (e olha que eu não sei praticamente nada) e gritava na almofada toda vez que eles falavam alguma coisa sem-noção. Sentimos muita falta de gente mais capacitada pra falar sobre assunto, já que estamos assistindo um canal sobre música e, obviamente, queremos agregar informação musical.


O evento foi finalizado com uma Taylor Swift repaginada, mais solta e menos sem sal, cantando seu ótimo novo single We Are Never Ever Getting Back Together. E mais uma vez o sinal da transmissão brasileira caiu e a gente ficou sem ver a apresentação toda. De longe, foi a melhor apresentação da noite, o que me fez acreditar que, pelo menos, não tinha jogado fora algumas horas da minha vida. Enfim, o VMA 2012 foi uma grande decepção em formato de evento pop. Estamos no aguardo do VMA 2013, com o coração na mão e rezando pra que ele não perca seu posto de “premiação mais legal do mundo da música”.

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